O Programa Família Acolhedora “Florescer: Semeando Possibilidades” está capacitando as famílias interessadas em receberem em seus lares crianças e adolescentes que necessitam de acolhimento temporário. O Programa visa o abrigo provisório, por determinação judicial, a crianças e adolescentes que tenham seus direitos ameaçados ou violados por situações de risco, afastados do convívio familiar de origem, protegendo seus direitos e garantias fundamentais previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A primeira capacitação de orientação e formação ocorreu em outubro sendo dirigida a quatro famílias.
“As famílias participaram de 20 horas de capacitação. Durante o evento puderam falar sobre o aprendizado, e os participantes relataram a importância do serviço. Foram momentos de muita integração entre todos: famílias, crianças, adolescentes e equipe técnica”, relatou o secretário de Desenvolvimento Social, Trabalho e Cidadania, Maurício Souza.
“Aprender e refletir sobre as fases de desenvolvimento, relacionamento familiar, questões jurídicas, rede socioassistencial, história do acolhimento institucional e familiar, entre outros assuntos foram tratados durante os encontros. Foi um tempo que pudemos perceber o crescimento tanto das famílias acolhedoras quanto da equipe técnica. Agradecemos à Secretaria por acreditar no serviço e às famílias que se cadastraram e hoje encontram-se aptas a acolher as crianças e adolescentes, pois sem elas o serviço não seria possível”, menciona a coordenadora do Programa, psicóloga Caroline Britto.
Segundo informa Caroline a capacitação é contínua. “As famílias continuam se encontrando quinzenalmente no espaço do serviço. Também recebem atendimento individualizado e familiar durante todo o processo do acolhimento. A equipe técnica está sempre disponível para eventualidades e dúvidas”, pontua a psicóloga.
Uma família acolhedora
Michele Fabiane Vieira de Oliveira é professora e junto com seu esposo Arno Matheus Ferreira que é carteiro na cidade de Taquara, resolveram se inscrever no Programa Família Acolhedora e concluíram a primeira capacitação do Programa. Eles têm dois filhos adolescentes e todos em comum acordo esperam felizes receber mais um integrante para compartilhar a rotina do lar.
“O Programa tem um perfil semelhante ao que chamamos de "promover um ato de justiça", então nos desafiamos quanto família a possibilitar o acolhimento e semear amor, cuidado e proteção, pois temos a oportunidade de compartilhar da nossa rotina diária, nossas experiências de ser e ter uma família, resgatando na criança ou adolescente sua dignidade, respeito e educação”, revela Michele.
Para Michele ser uma família acolhedora é uma oportunidade divina. “Ao receber uma criança ou adolescente que tenha seus direitos violados em nosso próprio lar, transmitimos a ela um legado de fé, esperança que temos em Cristo, oferecendo amor e proteção até seu possível retorno à família de origem, família extensa ou ser encaminhada para adoção. Sabemos que esse dia chegará (desligue), mas estamos assegurados que as melhores lembranças são feitas de bons momentos e que entre o semear e o florescer, há um tempo”, comenta.