O prefeito de Parobé e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Paranhana (Ampara) Diego Picucha, acompanhado de uma comissão de representantes da região, esteve na tarde desta quarta-feira, 1º, na Assembleia Legislativa, em busca de apoio para barrar as mudanças propostas pelo Programa Assistir que, caso seja implementado nos moldes propostos pelo Governo do Estado, causará cortes de recursos para as casas de saúde da região, ameaçando o cancelamento de diversos serviços prestados pelas mesmas.
Fizeram parte da comissão do Paranhana por parte de Parobé o procurador jurídico Marcos Vinicius Carniel, o presidente da Câmara de Vereadores Marcos Friedrich, o vereador Gilberto Gomes e o vereador Leno Parobé; por parte de Igrejinha participaram o vice-prefeito Joãozinho Lopes e o presidente da Câmara de Vereadores Willian Procksch; e por Riozinho participou o secretário de Saúde Ramão Corso.
Os representantes da Ampara foram recebidos pela deputada estadual Patrícia Alba, líder da Comissão de Representação Externa da Assembleia Legislativa que foi formada no último dia 23 para tratar do tema. O grupo tem 60 dias para apontar problemas e apresentar soluções.
Durante a audiência, Picucha destacou que a nova sistemática de distribuição de incentivos hospitalares proposta pelo programa Assistir pode causar um impacto negativo de mais de R$ 10 milhões na região do Vale do Paranhana. “Isso levaria, sem sombra de dúvidas, ao encerramento de vários serviços essenciais de saúde, como a realização de partos no Hospital São Francisco de Assis, a maior casa de saúde da região e que é referência em atendimento em diversas áreas, como cirurgias vasculares, de urologia, entre muitas outras. Ainda afetaria outras referências na região, como os atendimentos oncológicos feitos em Taquara, em um verdadeiro descaso com a população”, destacou.
A deputada afirmou que entende a posição dos municípios e que está não é uma luta pelos hospitais, mas sim uma luta pela saúde da população. “O que possuímos de informação é que o Estado estuda adiar a execução do Assistir em mais 60 dias. Isso é apenas uma forma de adiar a resolução do problema. O que é preciso é que o Governo do Estado sente junto com os representantes das casas de saúde e formate uma forma justa de distribuição das referências e dos respectivos recursos de forma a não penalizar a prestação de serviços essenciais de saúde à comunidade", destacou a parlamentar.
Durante a reunião, ficou acordado que, além da Ampara participar de futuras reuniões junto a comissão da Assembleia, ainda encaminhará um estudo completo do que ocorrerá no caso de o Estado executar o programa Assistir da forma como está, com a perda de recursos, cortes na prestação de serviços, demissões de profissionais, e levantando todos o número de cidades e de pessoas que ficarão desassistidas. Esse documento será anexado ao relatório que está sendo montado pela comissão.