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Com perda prevista de R$ 10 milhões, prefeitos do Paranhana solicitam que secretária Estadual de Saúde reavalie critérios do novo programa de incentivos hospitalares

Somente os municípios do Vale do Paranhana projetam uma perda anual de R$ 10 milhões com essa nova sistemática

Publicada em 18/08/21 às 08:55h - 153 visualizações

por Rádio Paranhana


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 (Foto: Eder Zucolotto - Assessor de Comunicação da Prefeitura)

Em reunião por vídeo realizada na tarde desta terça-feira, 17, o prefeito de Parobé e presidente da Associação de Municípios do Vale do Paranhana (Ampara) Diego Picucha pleiteou junto a secretária Estadual de Saúde Arita Bergmann que o Estado reavalie os critérios que serão utilizados no novo programa de incentivos hospitalares.

Somente os municípios do Vale do Paranhana projetam uma perda anual de R$ 10 milhões com essa nova sistemática. Esse impacto já começaria a ser sentido a partir do próximo mês, de forma gradual, com a implantação por parte do Estado do programa Assistir, que altera o conceito de repasse de recursos estaduais às instituições hospitalares vinculadas ao SUS no Estado.

Para tentar reverter essa situação, Picucha, junto aos prefeitos de Igrejinha Leandro Horlle e de Taquara Sirlei Silveira, acompanhados de secretários de saúde da região e de diretores de hospitais do Paranhana, estiveram reunidos com Arita e com seu corpo técnico.

Durante a reunião, Picucha e os representantes do Paranhana apresentaram dados de como a redução desses repasses poderá impactará diretamente na assistência prestada nos município da região, com o encerramento de vários serviços essenciais de saúde, como a realização de partos, cirurgias de urgência (geral e de traumatologia), cirurgias vasculares, de urologia e proctológicas, cirurgias ginecológicas, afetando ainda a referência em atendimento oncológico para toda a região. 


































Picucha deu como exemplo o Hospital São Francisco de Assis, de Parobé, que poderá vir a precisar suspender atendimentos de obstetrícia, além de encerrar sua porta de entrada de urgência e emergência, caso não seja encontrado um denominador comum que torne essas prestações viáveis, o que poderia deixar a cidade e a região desamparadas.

"Mesmo as cidades menores, que poderão receber mais recursos com o Assistir, estão dispostas a abrir mão destes recursos em prol de cidades como Parobé, que possuem atendimentos de referência em saúde, visto que, mesmo com esse aporte, esses municípios menores não terão como prestar atendimento especializado para a sua população. Somos uma região muito unida e estamos lutando de forma conjunta pela saúde de cerca de 200 mil moradores do Paranhana. Entendemos a saúde como uma competência solidária e que devemos chegar a um denominador comum para atender a nossa população", Picucha.

Ao final da reunião, Arita afirmou que os municípios terão até o dia 23 deste mês para enviarem suas manifestações ao Estado sobre os valores e dados utilizados no cálculo dos incentivos do Assistir, que leva em consideração os atendimentos realizados no ano de 2019. Reconheceu ainda a desatualização da tabela do SUS e que o Assistir deve vir para eliminar antigas discrepâncias que existem na área da saúde, mas sem penalizar instituições e municípios que realmente cumprem os atendimentos pactuados com o Estado.




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