O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) apresenta uma classificação de risco de crédito, em escala local e longo prazo, de nota AA (Bra). O grau significa o BRDE estar no mesmo patamar de outras instituições públicas como Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa. A avaliação foi emitida pela Fitch Ratings, uma das agências de rating entre as mais conceituadas do mercado financeiro internacional.
No relatório, a Fitch mencionou que o “banco possui um modelo de negócios estável” e destacou as medidas emergências de socorro à economia adotadas durante a pandemia de Covid-19. De maneira específica, a agência salientou o papel do programa BRDE Recupera Sul na retomada da atividade econômica da região Sul do país, “com o objetivo de dar suporte a empresas (principalmente micro e PMEs) e microempreendedores individuais (MEI) afetados direta ou indiretamente pela pandemia de coronavírus”.
O documento identifica, também, o papel do BRDE em termos de apoiar o desenvolvimento nos estados onde atua na concessão de financiamento, em maior escala, para empresas privadas e cooperativas.
“A avaliação demonstra que o BRDE vem cumprindo com seu papel estratégico em auxiliar diferentes segmentos durante a pandemia e apostar fortemente numa retomada pós-crise. Essa estabilidade em termos de risco em momento de tamanhos desafios, por sua vez, mostra que a instituição tem parâmetros muito sólidos em termos de gestão”, afirma a diretora-presidente do BRDE, Leany Lemos.
No relatório divulgado segunda-feira (2/8), a Fitch descreve que, em 2020, os indicadores de qualidade dos ativos do banco estavam estáveis e “ainda se comparavam favoravelmente com os de pares brasileiros com o mesmo perfil de desempenho” (os créditos na faixa ‘D–H’ da escala do Banco Central corresponderam a 3,9%, contra 3,8% em 2019 e 4,5% em 2018).
Em escala internacional, de longo prazo, a classificação de risco em moeda estrangeria que a Fitch atribuiu ao BRDE é de BB-. A classificação em escala global decorre da própria classificação de risco do Brasil em escala global (mesmo rating ao soberano).
Ainda no mês de julho, o BRDE recebeu avaliação positiva de outra agência de rating reconhecida. Conforme a Moody`s Local, que presta serviços a diferentes instituições financeiras do país, o banco mereceu classifica de longo prazo, escala nacional, em A.br, com perspectiva estável.
Entre os pontos positivos, o relatório da Moody`s aponta que o BRDE fechou o último exercício (dezembro de 2020) com um índice de atrasos nos pagamentos (inadimplência) sobre a carteira de crédito de apenas 0,4%.