A vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, está prestes a ser adotada na imunização dos brasileiros contra a Covid-19. O primeiro lote de 10 milhões de doses chegará em abril. A farmacêutica União Química, que fez o contrato com o laboratório russo, espera receber autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em breve.
Instalada no Distrito Federal, a empresa brasileira que fabricará o imunizante recebeu na manhã desta terça-feira (2/3) 17 governadores e representantes de Estados para apresentar as instalações e a linha de produção de medicamentos para a saúde animal e medicamentos para saúde humana. A União Química, com sete unidades industriais no Brasil e uma nos EUA, receberá o primeiro lote de vacinas prontas, da Rússia. No início, vai envasar o imunizante e posteriormente fabricar a vacina e a matéria-prima. A fábrica em Guarulhos (SP) vai produzir a Sputnik V, em parceria com o Instituto Gamaleya.
“Estamos correndo contra o tempo, aguardando a autorização e cumprindo o contrato que temos das 10 milhões de doses com o Gamaleya, numa operação financiada por um fundo soberano russo”, declarou o presidente do grupo, Fernando Marques.
O representante do Ministério da Saúde, Airton Soligo, afirmou que “o compromisso do governo e do ministro Eduardo Pazuello é o de salvar vidas e precisamos pacificar a sociedade e, muito importante, precisamos preservar o SUS”. Soligo informou que o Ministério da Saúde vai ressarcir os Estados pela compra dos imunizantes.
O embaixador da Rússia, Sergey Akopov, também participou da reunião com os governadores e representantes na visita à União Química, organizada pelo governador do Piauí, Wellington Dias. A secretária de Relações Federativas e Internacionais do RS, Ana Amélia Lemos, representou o governador Eduardo Leite. O procurador-geral de Justiça do RS, Fabiano Dallazen, presidente do Conselho Nacional de Procuradores Gerais participou da visita.
Texto:
Fábio Paiva/Ascom Serfi
Edição: Marcelo
Flach/Secom