O delegado Paulo Bilynskyj, atingido por seis tiros durante uma briga com a namorada, a modelo parobeense Priscila de Bairros, falou sobre o caso publicamente pela primeira vez em entrevista que foi ao ar hoje no Fantástico.
— Eu achei que ia morrer. Que ninguém ia saber o que tinha acontecido. Só tomei tiro. Não consegui chegar nem perto dela. Não consigo entender por que ela fez isso. Eu fecho os olhos e só vejo isso, ela atirando — conta Paulo.
Bilynskyj afirmou em um vídeo gravado no hospital que levou seis tiros de sua namorada depois de Priscila ver uma mensagem no celular dele que não gostou. Na versão do policial, ela teria se matado após atirar contra ele.
Com passagem pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), atualmente o delegado é plantonista no 101º DP (Distrito Policial), no Jardim das Imbuias, zona sul de São Paulo.
Já a modelo foi encontrada ainda com vida no corredor do apartamento, com uma marca de tiro na altura do peito. Ela foi socorrida a um hospital próximo, mas não resistiu ao ferimento.
Priscila morava até abril em Curitiba, onde trabalhava com um primo.
Família de Priscila contesta delegado
Por outro lado, a família da modelo afirmou também na Globo que não acredita na versão apresentada pelo delegado e disse que ela não tinha contatos com armas.
— Eu continuo acreditando que não foi assim, que ela não se suicidou. Só se ele a ensinou (a usar armas), nunca teve contato com arma nenhuma — disse Vilmar Brunis de Bairros, pai da jovem, que negou que ela tivesse conhecimento sobre armas.
O advogado da família contesta a versão de Paulo, e levanta outra hipótese.
— Ele a desarmou e, com a mesma arma que disparou contra ele, disparou um único tiro mortal contra a Priscila. Eu não vejo essa possibilidade do suicídio — diz José Roberto Rodrigues da Rosa.
O advogado ainda apresentou outra suspeita.
— Nos chamou a atenção a foto em que a arma está com o carregador fora da arma e um cartucho que não está disparado ao lado. Aquele cenário é de atirador que acabou de usar a arma, não de uma pessoa leiga e que se matou com aquela arma — alega.
*Com informações de Rede Globo e UOL