Parobé há três anos atravessa um momento conturbado politicamente. De janeiro de 2017 até agora, quatro prefeitos diferentes já comandaram a cidade de quase 60 mil habitantes. E na segunda-feira (11) mais um capítulo desta fase delicada foi escrito no município.
Os desdobramentos resultaram em trocas de farpas mútuas entre situação e oposição e ganharam eco nesta quarta-feira (13) com a manifestação da ex-prefeita interina e presidente da Câmara de Vereadores, Maria Eliane Nunes (MDB), que classificou a auditoria apresentada pelo atual mandatário Diego Picucha (PDT) como “manobra política partidária”.
O prefeito divulgou números de um pente fino realizado nas contas públicas da Administração parobeense. Picucha apontou o suposto sumiço de R$ 588 mil no caixa da prefeitura. O valor deveria estar disponível em dia 31 de março, um dia antes de tomar posse no cargo, mas o montante não teria sido encontrado. Além disso, o pedetista disse que foi encontrada diferença de R$ 5,3 milhões entre produtos que deveriam estar no estoque e não foram localizados. Por fim, ainda relatou que herdou das gestões anteriores uma dívida consolidada de R$ 74,6 milhões.
Em nota, Maria Eliane rebateu as acusações de Picucha.
— Coloca em xeque tal auditoria, pois anteriormente a divulgação da mesma, foi procurada por um representante do governo, que lhe ofertou, caso aceitasse ingressar na base do governo, o resultado da auditoria seria diferente — afirma.
Sobre o montante em dinheiro, que teria desaparecido, destaca que, “o prefeito falta com a verdade, pois no caso concreto ocorre apenas a falta de conciliação bancária, pois desde 2019 não há circulação de dinheiro em espécie na prefeitura. Mera questão contábil distorcida para fazer politicagem e mentir para a população”, argumenta a ex-prefeita em exercício, que comandou o município entre os meses de dezembro de 2019 a março de 2020.
Por fim, a presidente da Câmara também respondeu sobre a diferença apontada em itens patrimoniais.
— Quanto a informação de que haveria a falta de cerca de R$ 5 milhões de reais em patrimônio, no município existe uma comissão de patrimônio, formada por servidores de carreira, e que estes, jamais permitiriam quaisquer irregularidades — acrescenta.
Boletim de ocorrência registrado
Na terça-feira (12), Maria Eliane registrou boletim de ocorrência contra Diego Picucha em virtude das acusações. A emedebista diz, no documento, ter se sentido ofendida com as declarações do pedetista, pois ocupava o cargo de prefeita interina no período relatado pelo chefe do Executivo.
*Com informações do jornal NH
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