Pouco mais de um mês após tomar posse como prefeito de Parobé, depois de ter vencido a eleição suplementar em março, Diego Picucha (PDT) apresentou na noite de segunda-feira (11) o resultado de uma auditoria financeira das contas do município. Conforme o documento, em 31 de março, um dia antes de assumir o cargo, a prefeitura deveria ter em caixa R$ 588 mil. Porém, com base no levantamento, este dinheiro não foi encontrado.
Em função disso, Picucha registrou boletim de ocorrência junto à Polícia Civil para formalizar a denúncia.
— Isso é caso de polícia, o recurso não existir no cofre do município — pontua o pedetista, que classificou o episódio como “assustador”.
Já o procurador-geral do Executivo parobeense, o advogado Marcos Vinícius Carniel, ressaltou que as cópias das 81 páginas da auditoria serão encaminhadas ao Ministério Público para análise dos promotores. A Câmara de Vereadores também terá acesso à documentação.
Outro ponto citado pelo atual prefeito diz respeito a falta de R$ 5,3 milhões em produtos no estoque da prefeitura. Os indícios foram apurados, pois o saldo disponibilizado pelo balancete era de R$ 5.823.085,53. Só que, no sistema constava R$ 429.845,66. A prefeitura de Parobé informa que deverá instaurar procedimentos internos para apurar os fatos constatados pela auditoria.
Por fim, Picucha destacou que a dívida consolidada do município chega a R$ 74,6 milhões.
O que dizem os envolvidos
Feller afirma que nesta terça-feira (12) participará de uma reunião com a Executiva do MDB de Parobé, que terá a presença dos dois vereadores do partido na Câmara, quando a sigla anunciará o pedido para instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias feitas pelo atual prefeito.
Conforme o ex-chefe do Executivo, a questão do suposto sumiço do dinheiro deve ser investigada. Por isso defende a implementação da CPI.
— Se isto ocorreu, precisa ser investigado. Agora, eu confio nos servidores do município e eles não permitiriam que algo dessa natureza acontecesse — complementou.
Por outro lado, o emedebista contestou o possível “rombo” nos itens de patrimônio da prefeitura. “Isso também pode fazer parte da CPI, mas, se ocorreu, deve ter sido um erro no lançamento no sistema”, avalia.
Já em relação à dívida, Feller deixa claro que esta é uma herança. “Não é uma dívida que surgiu do dia para a noite e nem na nossa gestão. Ela é histórica. E sempre surgem precatórios, dívidas trabalhistas”, exemplifica.
A presidente da Câmara, a vereadora Maria Eliane Nunes, informou a reportagem que analisava a situação com seus advogados.
*Com informações do jornal NH
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